domingo, 3 de novembro de 2013

VI - A nau dos insensatos - Carlos Nejar



A nave dos viventes


Não guarda ordem,
por serem os viventes
de um só tempo: assombro.
E hibernaram na estação
espessa. E um por um se
gasta na verdade, com
severa limpidez, que arde
no inventar do possível.
É insensato o nível
da maré, insensata
a nave, em que todos,
de pé assistem ao
navegar do juízo.


(do livro “Os viventes”, Editora Leya)  



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