terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Carlos Nogueira

Ilusão das estrelas

Madrugada na cidade,
silêncio cortado por rajadas de vento.
Rotos rodopiando na calçada,
retalhos de saudade.
estrada, simbolismo infinito.
Chegada e partida; 
procura e encontro;
istmo, elo, desejo, paixão

Olhando para o céu
silêncio e escuridão
Não era noite, nem dia
Dia não havia
Noite  não era
Não havia espaço tempo
Galáxia,
Estrela de quinta grandeza
Ou apenas o Sol

Em meus sonhos
Olhos esmeraldas
Céu cravejado de brilhantes
espelho solidão
Viagem anos e eras
Das estrelas, ilusão
Longínqua explosão brilhando agora
Ínsula, ilha, Ursa Maior

Amanhecer com o céu escuro claro,
azul avermelhado e esperar o sol.
O verde azulado do mar está na varanda
no balanço da rede
sonhei o hoje eternizado. 


Carlos Nogueira é graduado em Letras (UFRJ), Mestre em Memória Social (UNIRIO), autor de Samba, cuíca e Sã Carlos (Armazém Digital, RJ, 2005) e Olhar de Ifá (Oito e Meio, RJ, 2011).





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